segunda-feira, 21 de julho de 2008

Lei Seca: um mal necessário


Quando a Lei Seca surgiu, fui um crítico contumaz da rigidez de sua aplicação, haja vista que não mais seria levado em conta a quantidade de álcool ingerida pelo condutor. Ou seja, o camarada poderia ter consumido apenas uma taça de vinho durante um jantar romântico com sua amada ou mesmo ter degustado um bombom desses de licor que não haveria trégua para ele: multa, apreensão do direito de dirigir e voz de prisão. Fui contra não por que fui atingido pela Lei, até por que não tenho automóvel. Fui contra porque ainda hoje não me convenci de que a generalização é boa. Ainda mais tendo sido criada por políticos, que não perdem uma oportunidade de manifestarem sua indignação para com a máxima popular de que 'político é tudo igual, farinha do mesmo saco'.

A Lei Seca, na modesta opinião deste blogueiro, nivelou a sociedade brasileira por baixo. Todos, sem exceção, foram taxados como irresponsáveis e bêbados inconsequentes pela lei. Porém, 28 dias após sua aplicação, faz-se imperioso constatar que ela está salvando vidas. E contra fatos não há argumentos. Todavía, pode-se lamentar que para conter assassinos tenha sido necessário restringir a liberdade de milhões de pessoas de bem, que jamais se envolveram em um acidente de trânsito.

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