Reportagem deste sábado da versão virtual do jornal Zero Hora revela que nada mudou na chamada cracklândia de Porto Alegre. No entanto, quem caminha pelas ruas da Capital à noite ou até mesmo durante o dia, certamente não foi surpreendido pela matéria. É incomensurável o número de jovens que, sem nenhum pudor ou receio, consomem substâncias ilícitas a qualquer hora do dia e em qualquer local de nossa cidade.
O atrevimento desses aprendizes de marginais chegou a tal ponto que, segundo relatou a repórter Juliana Bublitz na reportagem, nem a presença da polícia os intimida mais. O pior de tudo é que não posso aqui criticar a Brigada Militar, uma vez que estão fartos de prenderem a noite e assistirem, pasmos, os mesmos serem soltos pela manhã. Por quê? Simples, EXCESSO DE CONTINGENTE DENTRO DOS PRESÍDIOS!
Um país com tantos problemas a serem resolvidos, com tantas e urgentes obras públicas a serem providenciadas por nossos representantes, e o roubo, a corrupção ativa e passiva rolando solta, invadindo nossos lares e nos retirando o apetite dia sim e no outro também. Como disse o brilhante poeta e compositor Renato Russo, "quem me dera, ao menos uma vez, que o mais simples fosse visto como o mais importante". Ou seja, trazendo para o campo político, quem me dera que estes enxergassem as necessidades da população como as mais importantes, que tivessem um pouquinho só de altruísmo e abnegação. Mas o fato é que me deram espelhos, e vejo um mundo doente, e o que aconteceu ainda está por vir.
Nada contra quem faz uso de drogas, desde que faça dentro de sua própria residência, desde que não imponha seu vício pelas ruas, a altura do olhar e das narinas de pessoas que não compartilham da mesma opinião. Cada um deve ter o livre arbítrio de fazer o que quiser com sua vida e com sua saúde, desde que não perturbe terceiros, desde que não tente ganhar a vida vendendo drogas e, consequentemente, viciando novos jovens.
Creio que não fará nenhuma diferença, mas quero aqui cobrar de nossas autoridades uma solução imediata para a questão. Ou se toma uma providência logo, ou Porto Alegre vai, aos poucos, se transformar na Bogotá brasileira.
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